segunda-feira, 22 de março de 2010

A nossa leve e momentânea tribulação


por: Felippe Amorim

Certamente Deus é bom para Israel, para os puros de coração. Quanto a mim, os meus pés quase tropeçaram; por pouco não escorreguei. (Salmo 73:1-2 NVI)

Introdução

A vida cristã é composta por diversos desafios, alguns grandes outros pequenos, alguns fáceis de serem compreendidos, outros nem tanto. Um dos grandes desafios para o cristão é ver que ao seu redor existem pessoas que não temem a Deus, que transgridem Sua lei, que não preocupam-se em manter uma vida de comunhão com o criador, mas, apesar de tudo isso, são aparentemente felizes, prósperos, desfrutam de uma tranquilidade que muitas vezes é rara de se ver na vida daqueles que procuram estar sempre perto de Jesus.

Para o fiel cristão esta ausência de compreensão pode ser refletida em um considerável abalo de sua estabilidade espiritual e, se o ser humano não estiver firme em Deus, pode até ser levado à queda espiritual. É preciso que tenhamos uma verdadeira noção do que está por trás de cada uma dessas situações. Como entender, então, a prosperidade dos ímpios e a aparente infelicidades dos justos? Podemos esclarecer este assunto estudando a mensagem do Salmo 73.

Os sentimentos do salmista

A primeira afirmação que é feita neste salmo diz respeito à bondade de Deus. Apesar de todo o conflito pelo qual o salmista passou, ele começa o seu texto contudentemente afirmando que Deus é bom. Partindo desse pressuposto, administrar as aflições da vida fica muito mais simples. Não é demais lembrar que o versículo um diz para quem Deus certamente é bom: “para os puros de coração”.

Apesar de toda esta certeza que habitava no coração do autor, ele vivia um conflito em sua mente e coração. Asafe, o autor do salmo, teve inveja dos ímpios. Ele apresenta uma série de motivos para que este mal sentimento tenha brotado em seu coração.

O primeiro motivo apresentado pelo salmista é a prosperidade dos ímpíos (v.3). Ao observar a vida, aparentemente, próspera daqueles que nada queriam com Deus um sentimento de inveja surgiu no coração de Asafe. Além disso estes ímpios eram orgulhosos por causa de suas riquezas.

A atitude do poeta bíblico é muito compreensiva, quem já não se perguntou a causa de um vizinho incrédulo ser tão prospero em seu trabalho, enquanto o piedoso crente tem tantas lutas para alimentar os seus. Parece que para o ímpios a vida é muito mais fácil.

Outro motivo apresentado para a inveja que o salmista sentia era a tranquilidade com a qual os perversos levavam a vida (v.4). A versão Bíblica NVI traduziu assim: “Eles não passam por sofrimentos”. Neste versículo ainda tem uma outra razão para a inveja de Asafe: Eles “tem o corpo saudável e Forte”(NVI).

Certa vez ouvi o relato de um amigo que me dizia como ficou chateado quando uma determinada pessoa fez uma crítica que o feriu muito, desconsiderando os aspectos genéticos a pessoa disse: “seu pai foi vegetariano a vida toda e morreu de câncer”. As vezes nos deparamos com situações como esta. Pessoas que optam por seguir as claras orientações de Deus quanto a alimentação saudável são acometidas por doenças horríveis, enquanto pessoas que maltratam seu corpo com maus hábitos alimentares tem uma saúde aparentemente de ferro. Como entender? Asafe ficou muito perturbado.

O texto do salmo 73 ainda afirma que os ímpios não tem aflições e este era outro motivo pelo qual a inveja nasceu no coração do salmista.

Quando observamos o texto de Asafe, facilmente notamos a inquietação do escritor com esta questão da prosperidade do ímpios. Sua inquietação é mais acentuada quando ele observa as atitudes que caracterizam a vida deles. Os ímpios são orgulhosos (v.6) e fazem questão de exibir seu orgulho como um “colar”(NTLH), são violentos (v.6), vivem maquinando planos perversos (v.7), oprimem seu próximo (v.8), blasfemam contra Deus (v.9), desafiam a Deus (v.11) e se não fosse o bastante “andam sempre despreocupados aumentando suas riquezas (v.12 NVI). Toda esta situação deixa não somente o salmista, mas qualquer cristão, no mínimo confuso, e no caso de salmista ele diz que “quase perdeu a confiança em Deus”(v.3 NTLH).

Os Efeitos na Vida do Salmista

Observar o contraste entre a vida dos ímpios e a sua própria vida, gerou um profundo sentimento de melancolia em Asafe, a ponto dele afirmar: “Parece que não adiantou nada eu me conservar puro e ter as mãos limpas do pecado, pois Tu, ó Deus, me tens feito sofrer o dia inteiro...” (v. 13-14 NTLH). É claro o sentimento de frustração nestes versos. Frustração causada por pensar que se manter puro ao lado de Deus foi em vão e que nenhuma recompensa terá.

No próprio texto lemos a expressão do desânimo de Asafe: “Quando tentei entender tudo isso, achei muito difícil para mim” (v.16 NVI). Todo raciocínio do poeta não foi suficiente para compreender toda aquela cena diante dele. Humanamente seria impossível explicar as causas desta aparente injustiça de Deus.

O Conforto do Salmista

Asafe desiste de tentar entender a vida sob a ótica humana, abandonou seuintento de achar a solução mediante o raciocínio, e entrou no santuário(v.17). Ele finalmente compreendeu que as verdadeiras dificuldades da vida só desaparecem na comunhão com Deus.

Algumas perguntas devem ser respondidas em relação ao santuário. A primeira é: quem o salmista encontrou no santuário? Em Hebreus 12:2 está escrito:

fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus.

Sim, o salmista encontrou Jesus. Somente compreendemos a vida plenamente quando encontramos o nosso Senhor e Salvador. Foi no momento do encontro com Jesus que as dúvidas e angústias de Asafe se desfizeram.

Quão privilegiados somos de poder entrar no santuário de Deus para encontrar a solução dos nossos problemas, mas precisamos ter plena consciência de que não são os nosso méritos que nos autorizam a entrar neste lugar tão sagrado. A bíblia nos explica como podemos ter este privilégio:

Tendo pois, irmãos, ousadia para entrarmos no santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne (Heb. 10: 19-20)

É o próprio Jesus que abre o caminho para que o encontremos no santuário. Na condição que nos encontramos, se nos aproximássemos do santuário de Deus seríamos fuminados, mas Jesus nos cobre com o seu manto de Justiça e dessa forma podemos encontrá-lo no lugar santíssimo do santuário.

Após este encontro com Jesus, que é o motivo do retorno da tranquilidade do salmista, ele finalmente entende as coisas pela visão certa, a visão de Deus. A aparente prosperidade e felicidade dos ímpios é passageira e instável. Asafe percebe isto logo após encontrar-se com Jesus:

Certamente os pões em terreno escorregadio e os fazes cair na ruína. Como são destruídos de repente, completamente tomados de pavor! (Sal. 73:18-19 - NVI)

O comentário bíblico adventista fala assim:

Quando o salmista compreende o fim dos ímpios neste mundo e sua queda em meio da prosperidade, restabelece-se sua fé. Por perder o sentido de proporções, o salmista não pôde ver a retribuição que com freqüência sobrevém aos ímpios, até que entrou no santuário e se entregou plenamente em mãos de Deus. Tinha esquecido que Sodoma e Gomorra foram destruídas por fogo do céu, que a terra do Faraó tinha sido devastada pelas pragas e seus exércitos tinham perecido afogados no mar. (CBA- Versão Eletrônica, 428)

A verdadeira compreensão da vontade de Deus e de seus desígnios vieram ao autor bíblico somente quando ele se encontrava bem perto de Jesus, não havia mais incredulidade ou angústia, mas uma alegria plena vinda do trono de Deus.

Muito mais que compreender o destino dos ímpios, o salmista compreendeu o destino dos justos. Esse é o grande motivo de sua felicidade e ele expressa isso numa linda poesia no final do salmo:

Quando te lavantas , Senhor, tu não te lembras dos maus, pois eles são como um sonho que agente esquece quando acorda de manhã. O meu coração estava cheio de amargura, e eu fiquei revoltado. Eu não podia compreender, ó Deus; era como um animal, sem entendimento. No entanto estou sempre contigo e tu me seguras pela mão. Tu me guias com os teus conselhos e no fim me receberás com honras. No céu, eu só tenho a ti. E, se tenho a ti, que mais poderia querer na terra? Ainda que a minha mente e o meu corpo enfraqueçam, Deus é a minha força, ele é tudo o que sempre preciso. Os que se afastam de ti certamente morrerão, e tu destruirás os que são infiéis a ti. Mas, quanto a mim, como é bom estar perto de Deus! Faço do Senhor Deus o meu refúgio e anuncio tudo o que ele tem feito. (Sal 73:20-28 NTLH)

Asafe entendeu que embora os justos sofram nesta terra, eles terão um final glorioso e eterno ao lado de Jesus.

Que mensagem para os cristão do século XXI! Nesta vida há muito sofrimento para os que decidem estar sempre do lado de Jesus. Por outro lado, frequentemente vemos pessoas que não estão interessadas nas coisas celestiais e que até conscientemente fazem o que é errado perante Deus, mas apesar de tudo isso prosperam, tem saúde, famílias aparentemente felizes, casamentos sem grandes problemas, vida financeira estável.

Não há ninguém perfeito nesta terra, mas certamente existe um grupo que está buscando comunhão íntima com Deus e, assim como Asafe, ficam angustiados quando percebem que em sua vida não faltam tribulações, enquanto os ímpios ou mesmo aqueles que levam a religião displicentemente, parecem estar cada vez mais tranquilos em sua vida. Precisamos ter em mente a mensagem do salmo 73. Nosso final não é nessa terra, existe um final glorioso preparado para nós.

O apóstolo Paulo deixou registrado uma mensagem para o grupo dos justos:

Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas. (II Cor. 4: 16 a 18)

É possível que cristãos fiéis passem por aflições neste mundo, mas em momento algum podemos perder o foco do soberano prêmio que nos está preparado.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Duloren usa nome de Jesus em campanha polêmica



Seguindo com o conceito “Você não imagina do que uma Duloren é capaz”, a Agnelo Pacheco Rio coloca em veiculação mais uma campanha polêmica da marca de lingeries. Com o título “Só Jesus é fiel”, a companhia pretende “defender a postura da mulher de pensar em trocar de marido ou namorado quando ela se sentir abandonada ou rejeitada por ele”. Para Marcos Silveira, diretor de criação da campanha, “a mulher Amélia não existe mais. Hoje, quem não dá atenção à mulher que tem, corre o risco de perdê-la. A fila anda!”. Segundo pesquisa realizada no fim do ano pela agência, 420 mulheres das classes A e B, entre 20 e 35 anos, foram entrevistadas e 74% delas afirmaram já ter trocado de parceiro por falta de carinho, companheirismo e atenção. A campanha estará em mídia impressa e em cerca de 30 mil pontos-de-venda de todo o País.

(Gospel Mais)


Nota: Onde chegou esse nosso mundo. Incentivo a infidelidade conjugal e tomando o nome de Jesus em vão. Vamos abri nossos olhos pois o fim está próximo.
II Timóteo 3:1-5
"1 SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te."

segunda-feira, 1 de março de 2010

História da adoração – A alma, evolução do conceito II


A origem do conceito de alma separável do corpo, como já vimos, vem do tempo do Jardim do Éden, quando Lúcifer mentiu a Eva de que desobedecendo a DEUS, isto é, comendo do fruto, mesmo assim não morreriam (Gên. 3:4). Lúcifer andava em busca de um império. Não fazia muito ele perdera a guerra no Céu, fora expulso dali, e agora estava no vazio do Universo a procura de algum planeta habitado para construir seu império. E como conseguiria isso senão mentindo? Por ventura algum ser inteligente o atenderia se dissesse algo assim: ‘olha, eu sou Lúcifer, fui expulso do Céu por rebeldia, me acolham aqui e serei vosso rei’. O que acha? Por isso ele mentiu, levou Eva a desobediência e por essa via conquistou a submissão dela, e logo depois também de Adão. Assim esse planeta passou do governo de DEUS para o governo de Lúcifer. E as desgraças que disto resultaram conhecemos bem. O princípio de governo da Terra não é o amor e sim o ódio.

Do Jardim do Éden o conceito de alma sem corpo passou aos antediluvianos e foi retomado pelas pessoas no tempo de Ninrod. De Ninrod, por meio da confusão de línguas, se disseminou pelo mundo, sendo maior o número de pessoas a crer na alma separável do corpo do que as que criam que alma é um corpo que respira. Em seqüência, se desenvolveram religiões coerentes com esse conceito, como as religiões pagãs. Mais tarde a crença da alma imortal entrou até mesmo entre os judeus, o povo de DEUS. Segundo a Enciclopédia Judaica, "a crença na imortalidade da alma chegou aos judeus através do contacto com o pensamento grego e principalmente através da filosofia de Platão (427-347 a.C.), seu principal expoente". Apartir de meados do 2.° Século d.C., os primitivos filósofos cristãos adotaram o conceito grego da imortalidade da alma. Nesse tempo a idéia da alma imortal invadiu o cristianismo, e até hoje permanece, mas não em todas as igrejas cristãs. Há cristãos que seguem a explicação da Bíblia, e ela merece ser considerada, afinal, ela é a Palavra de DEUS, aquele que nos criou.

Um dos povos que fortaleceu essa crença foram os egípcios. Eles criam que a alma fosse preexistente, que se tratava de apenas um espírito, sem matéria. Criam que esse espírito nunca morre. Eles criam que toda pessoa mais favorecida possuía um espirito protetor, que chamavam ‘ka’, diziam que ele permanecia com a pessoa durante a vida, para a guiar nessa vida por caminhos selecionados e que influenciava no futuro após a morte. Morrendo o egípcio, o seu ka o esperava do outro lado do Grande Rio.

Nos tempos mais antigos, acreditavam que só os reis possuíam o ‘ka’, por isso, os mumificavam e colocavam junto da tumba seus pertences pessoais, para o ‘ka’ os levar junto. Criam que o ‘ka’ dos reis iria para alguma estrela celestial. Por esse motivo os reis construíam pirâmides com uma pequena saída para que essa alma saísse em direção de sua estrela, conforme estudos do ‘National Geografic’. Mais tarde passaram a crer que todas as pessoas possuíam um ‘ka’.

Os hindus imaginaram o ‘atman’ que seria um espírito presente no corpo. Os chineses inventaram outra forma de crer, entendiam que havia dois aspectos no ser humano, o yahg e o yin, a alma e o espírito. Os budistas crêem em reencarnação até atingir o Nirvana, a paz absoluta. Os espíritas, que surgiram no séc. XIX, crêem na reencarnação da alma em busca da perfeição. Enfim, todas as crenças pagãs crêem em alguma forma de alma imortal, variando de uma crença para outra.

Há algo errado nessa forma de crer. Não é admissível que o homem possa ser explicado por inúmeras formas diferentes, e todas corretas. Além disso, essas crenças surgiram da imaginação de seres humanos. É preferível ficar com a Bíblia, explicação dada pelo próprio Criador, que diz que a alma se tornou mortal por causa do pecado.

fonte: http://cristovoltara.com.br/